Enxaqueca: quem tem sabe como é
O que é enxaqueca1?
A enxaqueca1 é uma condição clínica em que a pessoa sente graus diversos de dores na cabeça2. Certas dores na região do pescoço3 também podem ser chamadas de enxaqueca1.
As crises têm uma frequência variável, de uma única na vida até crises diárias. Cada uma delas pode durar de 3 horas a 3 dias. Em cada crise, a dor pode ter intensidades diferentes, indo desde uma dor muito forte que impede as atividades cotidianas até outra menos intensa e que pode conviver com as atividades normais.
Nem toda dor de cabeça2 é enxaqueca1. Algumas cefaleias4 são primárias (como a enxaqueca1, a cefaleia5 do tipo tensional, a cefaleia5 em salvas), outras são secundárias (dores de cabeça2 devido a infecções6, traumas, tumores cerebrais, aneurismas, alterações metabólicas e hormonais). Cada uma delas tem características próprias. Nas cefaleias4 primárias, há uma quase inevitável recorrência7 da dor; nas secundárias, o surgimento e o curso delas dependem do que sejam as enfermidades de base.
Quais são as causas da enxaqueca1?
As enxaquecas8 são desencadeadas pela pressão exercida sobre o tecido nervoso9 cerebral pela dilatação de vasos sanguíneos10.
As causas da enxaqueca1 são multifatoriais e, no fundo, ainda mal estabelecidas. Os fatores implicados como mecanismos causadores da enxaqueca1 são de natureza genética, ambientais, dietéticos, hormonais e irregularidades do sono. Assim, deve-se evitar o estresse, a poluição, os barulhos muito altos, as mudanças climáticas bruscas, os odores fortes, alimentos como glutamato monossódico, aji-no-moto, salsichas, salames, aspartame11, cafeína e vinho tinto.
As enxaquecas8 podem ser agravadas pela ovulação12, pela menstruação13 ou pelo uso de pílulas anticoncepcionais. Frequentemente as cefaleias4 são hereditárias e são mais comuns nas mulheres que nos homens.
Quais os sintomas14 da enxaqueca1?
Embora a enxaqueca1 tenha uma maneira própria de se manifestar em cada pessoa, ela geralmente é caracterizada por uma dor de natureza pulsátil que acomete um dos lados da cabeça2 (a palavra “enxaqueca” vem do árabe e significa “meia cabeça”). Podem ocorrer também náuseas15, vômitos16 e sensibilidade à luz e ao som. Em alguns casos pode haver uma "aura" constituída por distúrbios visuais (flashes de luz, pontos escuros na visão17 ou linhas em ziguezague).
As crises de enxaqueca1 têm uma duração variável entre 3 e 72 horas. Algumas pessoas que sofrem de enxaqueca1 podem ter um "aviso" prévio das crises com até 24 horas, constituído por alguns dos seguintes sintomas14: irritabilidade, ansiedade, euforia ou depressão, sonolência ou insônia, embotamento18 mental, diminuição da concentração e distúrbios gastrointestinais.
Como se trata a enxaqueca1?
O tratamento envolve, por um lado, medicamentos específicos. Além disto, existem outros medicamentos, usados para tratar outras doenças que também ajudam aliviar ou prevenir a enxaqueca1. Os remédios específicos podem ser agrupados em duas categorias: medicações para o alívio da dor que já começou e medicações preventivas da dor.
Em geral, o tratamento da enxaqueca1 já estabelecida é feito com drogas vasoconstritoras, mas estas medicações podem causar reações adversas sobre o sistema circulatório19 e por isso é desaconselhada para pessoas que sofram de problemas cardíacos.
Além das medicações, algumas medidas comportamentais podem ter influência favorável sobre as crises. Cada pessoa deve observar com cuidado que atividades ou alimentos desencadeiam suas dores e procurar evitá-las. A prática de atividades físicas moderadas e regulares pode ser um mecanismo de regulação da dor.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.