Atalho: 66TNVMB
Gostou do artigo? Compartilhe!

Enxaqueca: quem tem sabe como é

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie este artigo

O que é enxaqueca1?

A enxaqueca1 é uma condição clínica em que a pessoa sente graus diversos de dores na cabeça2. Certas dores na região do pescoço3 também podem ser chamadas de enxaqueca1.

As crises têm uma frequência variável, de uma única na vida até crises diárias. Cada uma delas pode durar de 3 horas a 3 dias. Em cada crise, a dor pode ter intensidades diferentes, indo desde uma dor muito forte que impede as atividades cotidianas até outra menos intensa e que pode conviver com as atividades normais.

Nem toda dor de cabeça2 é enxaqueca1. Algumas cefaleias4 são primárias (como a enxaqueca1, a cefaleia5 do tipo tensional, a cefaleia5 em salvas), outras são secundárias (dores de cabeça2 devido a infecções6, traumas, tumores cerebrais, aneurismas, alterações metabólicas e hormonais). Cada uma delas tem características próprias. Nas cefaleias4 primárias, há uma quase inevitável recorrência7 da dor; nas secundárias, o surgimento e o curso delas dependem do que sejam as enfermidades de base.

Quais são as causas da enxaqueca1?

As enxaquecas8 são desencadeadas pela pressão exercida sobre o tecido nervoso9 cerebral pela dilatação de vasos sanguíneos10.

As causas da enxaqueca1 são multifatoriais e, no fundo, ainda mal estabelecidas. Os fatores implicados como mecanismos causadores da enxaqueca1 são de natureza genética, ambientais, dietéticos, hormonais e irregularidades do sono. Assim, deve-se evitar o estresse, a poluição, os barulhos muito altos, as mudanças climáticas bruscas, os odores fortes, alimentos como glutamato monossódico, aji-no-moto, salsichas, salames, aspartame11, cafeína e vinho tinto.

As enxaquecas8 podem ser agravadas pela ovulação12, pela menstruação13 ou pelo uso de pílulas anticoncepcionais. Frequentemente as cefaleias4 são hereditárias e são mais comuns nas mulheres que nos homens.

Quais os sintomas14 da enxaqueca1?

Embora a enxaqueca1 tenha uma maneira própria de se manifestar em cada pessoa, ela geralmente é caracterizada por uma dor de natureza pulsátil que acomete um dos lados da cabeça2 (a palavra “enxaqueca” vem do árabe e significa “meia cabeça”). Podem ocorrer também náuseas15, vômitos16 e sensibilidade à luz e ao som. Em alguns casos pode haver uma "aura" constituída por distúrbios visuais (flashes de luz, pontos escuros na visão17 ou linhas em ziguezague).

As crises de enxaqueca1 têm uma duração variável entre 3 e 72 horas. Algumas pessoas que sofrem de enxaqueca1 podem ter um "aviso" prévio das crises com até 24 horas, constituído por alguns dos seguintes sintomas14: irritabilidade, ansiedade, euforia ou depressão, sonolência ou insônia, embotamento18 mental, diminuição da concentração e distúrbios gastrointestinais.

Como se trata a enxaqueca1?

O tratamento envolve, por um lado, medicamentos específicos. Além disto, existem outros medicamentos, usados para tratar outras doenças que também ajudam aliviar ou prevenir a enxaqueca1. Os remédios específicos podem ser agrupados em duas categorias: medicações para o alívio da dor que já começou e medicações preventivas da dor.

Em geral, o tratamento da enxaqueca1 já estabelecida é feito com drogas vasoconstritoras, mas estas medicações podem causar reações adversas sobre o sistema circulatório19 e por isso é desaconselhada para pessoas que sofram de problemas cardíacos.

Além das medicações, algumas medidas comportamentais podem ter influência favorável sobre as crises. Cada pessoa deve observar com cuidado que atividades ou alimentos desencadeiam suas dores e procurar evitá-las. A prática de atividades físicas moderadas e regulares pode ser um mecanismo de regulação da dor.

ABCMED, 2011. Enxaqueca: quem tem sabe como é. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/dor-de-cabeca/247015/enxaqueca-quem-tem-sabe-como-e.htm>. Acesso em: 19 nov. 2024.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Complementos

1 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
2 Cabeça:
3 Pescoço:
4 Cefaléias: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaléia ou dor de cabeça tensional, cefaléia cervicogênica, cefaléia em pontada, cefaléia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaléias ou dores de cabeça. A cefaléia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
5 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
6 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
7 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
8 Enxaquecas: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
9 Tecido Nervoso:
10 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
11 Aspartame: Adoçante com quase nenhuma caloria e sem valor nutricional.
12 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
13 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
16 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
17 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
18 Embotamento: Ato ou efeito de perder ou tirar o vigor ou a sensibilidade; enfraquecer-se.
19 Sistema circulatório: O sistema circulatório ou cardiovascular é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.

Resultados de busca relacionada no catalogo.med.br:

Marco Antonio Correa Galvao

Clínico Geral

Araguaína/TO

Você pode marcar online Ver horários disponíveis

Omar Rodrigues Soares

Clínico Geral

Bragança Paulista/SP

Gostou do artigo? Compartilhe!

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.

Comentários

07/03/2015 - Comentário feito por Talita
Realmente só quem tem sabe o que é...
Realmente só quem tem sabe o que é. Tenho 27 anos e sofro de enxaqueca desde os 5 anos! Demorou 20 aos para um médico acertar o diagnóstico pois antes me trataram como sinuzite! Cheguei a ter 24 crises mensais e procurei uma neurologista que finalmente me esclareceu o que eu tinha. Hoje faço tratamento medicamentoso e cada vez mais tentando diminuir a dose do remédio... tem dado super certo, as crises aparecem apenas 1 ou 2x ao mês porém a intensidade ainda é bem forte! Obrigada pela matéria. É sempre bom ter mais esclarecimentos!

19/11/2014 - Comentário feito por rosane
So quem tem sabe desse sofrimente,quando vem a ...
So quem tem sabe desse sofrimente,quando vem a crise cinto tao mal parece que vou morrer, e quem nao tem o problema acha que e frescura, sinto falta de ar ansia de vomito fraqueza nas pernas, fica tudo alterado, e as vezes dependendo do remedio que eu tomo, ao envez de melhora piora ainda mais, tenho que ir pro hospital, ai e so injeçao na veia.

02/04/2014 - Comentário feito por keila
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
sofro de enxaqueca desde a adolescencia,tive a 1 crise aos 15 anos,foram 2 semanas de cama,sem sair de casa e sem ver a luz do dia,hoje tenho 33 anos e tive outra crise grande que tambem me deixou de cama uma semana e perdi 2 kilos,desde janeiro to em crise e o remedio que o medico passou nao adiantou nada,nao sei mais o que fazer,vou ver outro neurologista,pra ve se tem um tratamento,ja que nao tem cura,é horrivel você passar por isso e numa crise voce nao poder olhar pro sol,porque foi isso que aconteceu,não conseguia olhar pra luz do dia,ficava o dia inteiro deitada no quarto escuro.a dor vem forte e depois diminui,mais nao passa.

19/12/2013 - Comentário feito por Ana
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Eu já tive enxaqueca durante anos .Certo dia tive uma convulsão ,parei no hospital Depois de vários exames a conclusão foi : epilepsia moderada , as crises eram muito espaçadas ,Num ano foram apenas 3 .O que eu observei ,é que a enxaqueca sumiu .Mas uma coisa que devo acrescentar é que quando ficava preocupada com alguma coisa ,ou surgiam problemas importantes a enxaqueca aparecia ,e o jeito era ficar no escuro e sem barulho Tomava Neosaldina e no outro dia eu estava bem .Já fazem mais de 10 anos que eu não tenho enxaqueca e nenhuma convulsão. mas uma coisa é muito importante para os enxaquecosos ,procurem apoio emocional .e um neurologista Eu estou muito bem graças a Deus .

15/12/2013 - Comentário feito por Rose
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Nossa! Essa matéria resumi tudo que venho passando desde meus seta anos de idade. Limitação total de vários alimentos. incapacidade de suportar momentos de stress. E o pior, ter a familia sofrendo com voce, pois, nos períodos mestruais, o bicho pega... costumo dizer que é antes , durante e depois, ou seja, uma semana fora de órbita. E aí toda sua vida fica em suspense. Hoje com quarenta anos, continuo a mesma vida, porém com um agravante, devido a uma cardiopatia, vários medicamentos que me ajudavam passar por essas crises foram contra indicados. Apelo para chás e tudo o mais... ainda assim difícil de suportar.

05/11/2013 - Comentário feito por Natália
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Eu tenho desdo dos 11 anos. e hoje estou com 18 não aguento mais essa dor, não sei mais o que fazer. Toda hora fico com medo de aparecer a dor e os sintomas. Por favor achem a cura dessa dor insuportável!

17/05/2013 - Comentário feito por Neide
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Tenho 70 anos e tive a 1ª dor de cabeça aos 11 anos. Até esta data sofro c/ essa maldita enxaqueca. Estou em tratamento e já melhorou bem. Mas, vez em qdo ela volta. Observei q fritura etc, desencadeiam a enxaqueca. Tbm, observei q stress e principalmente passar raiva é o pior: enxaqueca na certa! Mas, o mais preocupante é q aos 62 anos acordei no hospital! Por causa de uma convulsão! Qdo ddormia à noite, durante uma crise de enxaqueca.

11/04/2013 - Comentário feito por Anna
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Pessoal, o título desse artigo é perfeito para expressar o que nós que sofremos com essa doença (SIM, GENTE, ENXAQUECA É doença) passamos por grande parte da nossa vida.
Eu até acho que quem tem esse problema não vive mais, apenas aguarda ansiosamente todo mês pelos dias que vai passar sem dor...
Faço tratamento há 8 anos com neurologista, já tomei Topamax por 6 anos, esse ano resolvi mudar tudo: médico, remédio, fiz tratamentos espirituais e alternativos, a dor diminuiu um pouco sua intensidade, porém ainda não a frequência.
Atualmente tomo diário Venlift e Lamitor, e na crise, a única medicação que resolve é a associação MAXALT + NAPROXENO + NOVALGINA de 1g.
Já tive vontade de me suicidar, no auge da crise onde nem 2 injeções de TRAMAL tiraram a minha dor...
Procurem evitar os aborrecimentos, se afastem o máximo de pessoas negativas, e que não entendem o nosso problema.
Não desistam!

20/05/2012 - Comentário feito por Anna
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Gente, eu também passo mensalmente por tudo isso que vocês escreveram, há 4 anos faço tratamento com uma neurologista especializada em enxaqueca, quando comecei esse tratamento tinha enxaqueca dia sim dia não, agora está focado no período menstrual. Tomo diariamente Topamax para evitar a crise e quando vem a crise SUMAX + NAPROXENO. Mas um alerta: tem que tomar quando vc sente que a dor vai começar, os mesus remédios já andam na bolsa. Sonho e rezo com um dia em que nunca mais sentirei essa dor....

05/05/2012 - Comentário feito por Ana
Re: Enxaqueca: quem tem sabe como é
Sofro dessa doença desde os seis anos e entendo bem as queixas aqui declaradas. Realmente só quem tem consegue compreender a dor do semelhante porque os demais sempre acham que é nao pode ser assim tao forte.
Sei que desse mal nao morremos mas temos uma qualidade de vida bem deteriorada se nao conseguimos administrar as crises incapacitantes.
Felizmente as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro vem se acentuando e já dispomos de medicamentos que nos permitem minimizar e espaçar as crises, ainda que a cura total ainda esteja longe de ser descoberta.
Busquem um neurologista especializado em cabeça para que a prescriçao da medicaçao seja a mais adequada porque infelizmente nem todos os médicos estao atualizados com os últimos experimentos.

  • Entrar
  • Receber conteúdos