Sintomas internalizantes e externalizantes: como eles afetam a saúde mental futura?
O que são sintomas1 internalizantes e sintomas1 externalizantes?
Sintomas1 internalizantes e externalizantes são categorias amplas utilizadas na psicologia e psiquiatria para descrever manifestações emocionais e comportamentais.
Os sintomas1 internalizantes afetam predominantemente o mundo interno da pessoa e frequentemente não são tão evidentes aos outros. Relacionam-se a sentimentos como ansiedade, tristeza profunda, angústia, baixa autoestima e isolamento social.
Os sintomas1 externalizantes, por outro lado, são comportamentos visíveis que afetam claramente o ambiente ao redor, geralmente caracterizados por impulsividade, agitação, desafio às regras e agressividade.
Essa classificação foi inicialmente proposta por Achenbach em 1966 e permanece relevante na avaliação psicológica, especialmente em crianças e adolescentes.
Quais são os principais exemplos de sintomas1 internalizantes e sintomas1 externalizantes?
Exemplos de sintomas1 internalizantes incluem
- Ansiedade excessiva
- Depressão
- Isolamento social
- Baixa autoestima
- Medo intenso
- Tristeza persistente
- Dificuldades no enfrentamento do estresse
- Sintomas1 psicossomáticos
Esses sintomas1 geralmente estão associados a transtornos como os de ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
Exemplos de sintomas1 externalizantes incluem:
- Comportamento agressivo, opositor ou desafiador
- Impulsividade
- Hiperatividade
- Déficit de atenção
- Condutas de risco (uso de drogas, delinquência, vandalismo)
- Dificuldades em respeitar regras sociais
Esses sintomas1 são frequentemente relacionados ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e ao Transtorno de Conduta.
A diferença central é que os sintomas1 internalizantes influenciam mais a vivência emocional interna da pessoa, enquanto os externalizantes têm impacto mais evidente sobre seu ambiente externo. Apesar disso, ambas as categorias podem coexistir em uma mesma pessoa, demandando intervenções como psicoterapia, suporte emocional e, eventualmente, tratamento farmacológico.
Leia sobre "Sentimento de culpa", "Transtorno de esquiva", "Transtorno de oposição desafiante", "Timidez" e "Neuroticismo2".
Qual é o substrato fisiopatológico dos sintomas1 internalizantes e dos sintomas1 externalizantes?
Os sintomas1 internalizantes estão frequentemente associados à hiperatividade da amígdala3 (envolvida no medo e na regulação emocional), a alterações funcionais no córtex pré-frontal ventromedial e à redução na conectividade com o hipocampo4. Já os sintomas1 externalizantes costumam relacionar-se à baixa ativação do córtex pré-frontal dorsolateral (responsável pelo controle inibitório), aumento da atividade no estriado ventral (envolvido no sistema de recompensa e impulsividade) e menor conectividade com a amígdala3.
Do ponto de vista genético e neuroendócrino, os sintomas1 internalizantes têm influência de genes ligados ao sistema serotoninérgico e ao eixo hipotálamo5-hipófise6-adrenal, relacionados à resposta ao estresse. Os sintomas1 externalizantes, por sua vez, relacionam-se principalmente a genes dopaminérgicos e ao funcionamento do sistema de recompensa.
Psicologicamente, crianças com sintomas1 internalizantes tendem a ser mais retraídas, têm temperamento inibido e maior sensibilidade a estímulos negativos, frequentemente vivendo em ambientes familiares superprotetores ou com histórico de rejeição emocional. Crianças com sintomas1 externalizantes geralmente demonstram impulsividade, busca por novidades e baixa tolerância à frustração, frequentemente associadas a ambientes familiares com disciplina inconsistente, modelos agressivos ou ausência de supervisão.
Ainda que existam substratos distintos para cada categoria, há também considerável sobreposição, principalmente quando sintomas1 internalizantes e externalizantes ocorrem simultaneamente, como nos casos em que transtorno de conduta e depressão coexistem em adolescentes. Isso reforça a importância dos fatores ambientais compartilhados, como estresse crônico7 e adversidade precoce, que podem influenciar ambos os perfis.
Qual é a relação entre os sintomas1 internalizantes e externalizantes na infância e a saúde8 mental posterior?
Existe uma clara relação entre os sintomas1 apresentados na infância e a saúde8 mental futura.
Crianças com sintomas1 internalizantes apresentam maior risco de desenvolver transtornos como ansiedade generalizada, depressão maior e fobia9 social na adolescência e idade adulta, além de maior dificuldade na regulação emocional e maior isolamento social.
Já as crianças com sintomas1 externalizantes têm maior propensão ao desenvolvimento de transtornos de conduta, TDAH, abuso de substâncias e problemas sociais na vida adulta, enfrentando frequentemente conflitos interpessoais e dificuldades acadêmicas devido ao controle deficiente dos impulsos.
Quando sintomas1 internalizantes e externalizantes ocorrem juntos, aumenta-se significativamente o risco de problemas psicológicos graves na vida adulta. Independentemente da categoria, fatores de risco, como histórico familiar de transtornos mentais, ambientes familiares disfuncionais10 e exposição contínua ao estresse, bem como fatores protetores, como suporte social, relações familiares positivas e intervenções psicológicas precoces, são cruciais.
A intervenção psicológica, incluindo programas de habilidades sociais, terapias cognitivo11-comportamentais e suporte familiar, desempenha papel fundamental na redução dos impactos negativos desses sintomas1 na saúde8 mental em longo prazo.
Veja também: "Perguntas e respostas sobre antidepressivos: descubra os fatos e equívocos comuns".
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da National Library of Medicine e do American Journal of Preventive Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.