Polimialgia reumática - sintomas, diagnóstico, tratamento e evolução
O que é a polimialgia reumática?
A polimialgia reumática é um distúrbio inflamatório que causa dor, fraqueza e rigidez em várias partes do corpo, principalmente ombros, pescoço1, braços, coxas2, quadris e região lombar3 inferior.
Quais são as causas da polimialgia reumática?
As causas da polimialgia reumática ainda não são totalmente esclarecidas. Entretanto, sabe-se que este problema ocorre duas vezes mais nas mulheres que nos homens. Além disso, é mais comum em pessoas do norte da Europa e da Escandinávia. Alguns pacientes com polimialgia reumática também sofrem de arterite de células gigantes4, indicando uma associação entre as duas condições.
Quais são as principais características clínicas da polimialgia reumática?
Este distúrbio é mais comum em pessoas com mais de 55 anos de idade. Os sinais5 mais comuns da polimialgia reumática são dor e rigidez no pescoço1 e nos ombros, as quais gradualmente afetam outras áreas, como quadris e coxas2. Ocasionalmente, a dor pode acometer também pulsos e mãos6 e geralmente afeta os dois lados do corpo de maneira simétrica. A dor e a rigidez tendem a ser pior pela manhã, diminuir com o passar do dia e pioram se a pessoa fica muito tempo numa mesma posição.

Outros sintomas7 são fadiga8, anemia9, perda de apetite e de peso, depressão, febre10 baixa e limitação da amplitude dos movimentos. Se houver, concomitantemente, sinais5 de inflamação11 nos vasos sanguíneos12, podem ocorrer dor de cabeça13 persistente, visão14 turva ou dupla, dolorimento do couro cabeludo e dor no maxilar.
Como o médico diagnostica a polimialgia reumática?
Não existe um exame de laboratório específico para diagnosticar a polimialgia reumática e sua aparência clínica pode ser semelhante a outras doenças, o que dificulta o diagnóstico15. Entretanto, o médico pode fazer um exame físico e pedir exames que o ajudem a averiguar inflamação11 e outras anormalidades do sangue16. Dois deles costumam ser solicitados para acompanhamento da doença: velocidade de hemossedimentação17 (VHS18) e proteína C reativa (PCR19).
Como existe uma relação entre polimialgia reumática e arterite de células gigantes4, o médico pode solicitar biópsia20 de uma artéria21 das têmporas. Essas biópsias22 sempre serão necessárias se for suspeitada uma inflamação11 concomitante dos vasos sanguíneos12.
Como o médico trata a polimialgia reumática?
Não existe cura definitiva para esta doença, mas existem medicamentos que podem aliviar os sintomas7. O tratamento básico da polimialgia consiste essencialmente na administração de corticoides.
Para saber mais sobre os efeitos dos corticoides no organismo, leia: "Conhecendo melhor os corticoides".Alguns pacientes já mostram melhora dos sintomas7 após uma única dose, mas, para outros, a melhora é demorada e difícil. Após o controle dos sintomas7, a dose de corticoide pode ser reduzida para chegar a uma dose mínima ou à suspensão do tratamento. O médico deve monitorar o paciente durante todo o tratamento, porque essas medicações possuem efeitos colaterais23 importantes, como elevação dos níveis de colesterol24 e da glicemia25 e osteoporose26.
Como evolui a polimialgia reumática?
Apesar de não haver cura definitiva para a doença, ela costuma desaparecer após dois a seis anos de tratamento sintomático27. Em razão dos seus sintomas7, o paciente com polimialgia reumática tende a ficar acamado, o que diminui muito sua qualidade de vida. No entanto, depois que o enrijecimento muscular regride, o paciente pode voltar às suas atividades normais. Nos casos em que a doença esteja associada à arterite temporal, o não tratamento pode levar à cegueira irreversível.
Como prevenir a polimialgia reumática?
Não há como prevenir a polimialgia reumática.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.