Leucemia linfocítica crônica (LLC)
O que é leucemia1 linfocítica crônica?
A leucemia1 linfocítica crônica, também conhecida como leucemia1 linfoblástica crônica, é um tipo de câncer2 das células brancas do sangue3 (linfócitos B) e da medula óssea4, local do organismo em que as células5 do sangue6 são produzidas. Os linfócitos B são células5 envolvidas no combate às infecções7, pertencentes, portanto, ao sistema imunológico8.
Na leucemia1 linfocítica crônica a doença progride mais lentamente do que em outros tipos de leucemia1. O termo "linfocítica" vem do fato de as células5 afetadas pela doença serem glóbulos brancos, ou linfócitos.
Quais são as causas da leucemia1 linfocítica crônica?
Não se sabe com certeza o que inicia o processo que causa a leucemia1 linfocítica crônica. O que se sabe é que algo causa uma mutação genética9 no DNA das células5 produtoras de sangue6, as quais continuam crescendo e se dividindo, enquanto a célula10 saudável normal deixa de se dividir e morre, depois de certo tempo (horas ou dias, conforme o caso). Assim, o número de células5 brancas no sangue6 aumenta muito.
Não está claro o que causa essas mutações, mas elas fazem com que as células5 do sangue6 produzam linfócitos anormais e ineficazes. Sabe-se, também, que a leucemia1 linfocítica crônica não é uma doença hereditária. Alguns fatores de risco que podem aumentar as possilidades de que uma pessoa venha a ter leucemia1 linfocítica crônica incluem idade avançada (60-70 anos), raça branca, história familiar de câncer2 e exposição a certos produtos químicos (herbicidas, inseticidas, etc).
Qual é o mecanismo fisiológico11 da leucemia1 linfocítica crônica?
Quando acontece a leucemia1 linfocítica crônica, a medula óssea4 produz um excesso de células5 imaturas que se desenvolvem em glóbulos brancos leucêmicos anômalos. Além de serem ineficazes, esses linfócitos anormais continuam a viver e a se multiplicar exageradamente, causando um grande aumento de linfócitos no sangue6 (linfocitose).
Esses linfócitos anormais podem se acumular no sangue6 e em certos órgãos, como gânglios linfáticos12, fígado13, baço14, sistema nervoso central15 e testículos16, causando o mau funcionamento deles. Eles podem, também, forçar células5 saudáveis imaturas para fora da medula óssea4 e interferir com a produção normal dessas células5.
Quais são as principais características clínicas da leucemia1 linfocítica crônica?
A leucemia1 linfocítica crônica incide mais comumente nas pessoas idosas, acima dos 60 anos, e as chances de cura são mais reduzidas que na forma aguda. Uma pessoa com leucemia1 linfocítica crônica evolui tão lentamente que a pessoa afetada pode, de início, não apesentar sinais17 ou sintomas18. Mais de 25% dos pacientes com essa condição ficam assintomáticos durante muito tempo. Muitas vezes, o primeiro sinal19 da leucemia1 linfocítica crônica é uma leucocitose20 inexplicada, encontrada num exame de sangue6 de rotina ou feito com outros objetivos.
Quando existem, os sinais17 e sintomas18 iniciais da doença podem incluir nódulos linfáticos alargados, mas indolores, no pescoço21, axilas, abdômen ou virilha; fadiga22; febre23; dor na parte superior esquerda do abdômen; baço14 aumentado; suor noturno; perda de peso e infecções7 frequentes.
À medida que a doença progride, o paciente pode desenvolver anemia24 grave, devido à diminuição da produção de hemácias25, sangramentos, em decorrência da plaquetopenia26 (número baixo de plaquetas27) e infecções7, em decorrência da deficiência imunológica.
Saiba mais sobre "Leucemia1 linfocítica aguda", "Leucemias", "Síndromes mielodisplásicas" e "Mielograma28".
Como o médico diagnostica a leucemia1 linfocítica crônica?
Os exames e procedimentos necessários para diagnosticar a leucemia1 linfocítica crônica incluem exames de sangue6, mostrando glóbulos brancos aumentados em número e anômalos, morfologiamente; exame da medula óssea4, por meio de aspiração da mesma com agulha (mielograma28); exame de imagens como radiografia, tomografia computadorizada29 ou ultrassonografia30 e exame do fluido espinhal, por meio de uma punção lombar. Outros exames mais podem ser acrescentados, conforme as peculiaridades de cada caso clínico.
Como o médico trata a leucemia1 linfocítica crônica?
A leucemia1 linfocítica crônica não tem uma cura definitiva, no entanto, existem tratamentos para ajudar a controlar a doença. Esses tratamentos podem até não serem necessários nos estágios iniciais. Os tratamentos precoces não aumentam a sobrevida31 de pessoas com leucemia1 linfocítica crônica em estágio inicial. Nesse estágio, os médicos apenas devem monitorar cuidadosamente a condição, reservando o tratamento para quando a leucemia1 avançar.
Se o médico constata que a leucemia1 linfocítica crônica está progredindo ou está em estágios intermediários ou avançados, as opções de tratamento podem incluir quimioterapia32, terapia farmacológica direcionada para as células5 anormais, imunoterapia e transplante de medula óssea4.
À medida que têm sido desenvolvidas combinações mais eficazes de fármacos, o transplante de medula óssea4 tem se tornado menos comum. Os tratamentos para leucemia1 linfocítica crônica dependem de vários fatores, como a fase do câncer2, a saúde33 geral do paciente e até mesmo suas escolhas.
Quais são as complicações possíveis da leucemia1 linfocítica crônica?
Adultos com mais de 60 ou 70 anos tendem a experimentar mais complicações da doença ou dos tratamentos que pessoas mais jovens. Esses idosos geralmente têm também um pior prognóstico34 do que as crianças que são tratadas por leucemia1 linfocítica aguda.
A leucemia1 linfocítica crônica pode causar complicações como infecções7 frequentes, mudança para uma forma mais agressiva do problema, aumento do risco de outros tipos de câncer2, incluindo câncer2 de pele35, de pulmão36 e do trato digestivo e problemas do sistema imunitário37.
Leia mais sobre "Transplante de medula óssea4", "Hemograma", "Leucocitose20", "Leucopenia38".
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.