Malformações dos hemisférios cerebrais
O que são malformações1 dos hemisférios cerebrais?
As malformações1 dos hemisférios cerebrais são condições congênitas2 ou adquiridas devido a lesões3, infecções4 ou outros eventos em que ocorre um desenvolvimento anormal ou incompleto dos hemisférios cerebrais, que são as metades do cérebro5. Essas malformações1 podem afetar diversas áreas do cérebro5 e podem variar em gravidade e sintomas6, dependendo do tipo e da extensão da malformação7.
Tipos de malformações1 dos hemisférios cerebrais
Os principais tipos de malformações1 dos hemisférios cerebrais são:
- Holoprosencefalia, que é uma condição em que o cérebro5 não se divide completamente em hemisférios distintos durante o desenvolvimento embrionário. Pode variar de formas leves a graves e está associada a várias anormalidades faciais e neurológicas.
- Lisencefalia, também conhecida como "cérebro5 liso", que é uma condição em que o córtex cerebral não apresenta os sulcos e giros normais, podendo resultar em deficiências no desenvolvimento neurológico. A gravidade varia amplamente.
- Polimicrogiria8, que é, de certa forma, uma condição contrária à lisencefalia. Neste caso, há uma multiplicação excessiva de pequenos giros no córtex cerebral, resultando em uma superfície cerebral irregular. Pode causar epilepsia9 e atraso no desenvolvimento.
- Esquizencefalia, que é uma condição caracterizada por fendas no córtex cerebral, que podem variar em tamanho e profundidade. Pode levar a uma variedade de sintomas6, incluindo deficiências neurológicas e convulsões.
- Hidrocefalia10, que embora não seja uma malformação7 dos hemisférios cerebrais em si, é uma condição em que há acúmulo de líquido cefalorraquidiano11 no cérebro5, o que pode causar ampliação dos ventrículos cerebrais e compressão dos tecidos cerebrais.
- Hemimegalencefalia, que é uma condição em que um dos hemisférios cerebrais é significativamente maior do que o outro devido a um crescimento excessivo de tecido12 cerebral. Isso pode causar convulsões, atrasos no desenvolvimento e outras complicações neurológicas.
Quais são as causas das malformações1 dos hemisférios cerebrais?
Vários fatores podem concorrer para as malformações1 dos hemisférios cerebrais, entre eles:
- causas genéticas, quando algumas malformações1 cerebrais ocorrem durante o desenvolvimento embrionário devido a mutações genéticas;
- fatores ambientais, como a exposição a certos agentes patogênicos durante a gravidez13 (toxinas14, drogas, radiações, infecções4 virais, etc.);
- deficiências nutricionais durante a gravidez13, como falta de ácido fólico, que podem aumentar o risco de malformações1 cerebrais em fetos em desenvolvimento;
- problemas vasculares15 que impliquem na interrupção ou comprometimento do suprimento sanguíneo para o cérebro5 durante o desenvolvimento fetal;
- traumas físicos durante a gravidez13, como lesões3 abdominais;
- fatores hereditários, passados de pais para filhos através de genes defeituosos;
- complicações durante a gravidez13, como diabetes gestacional16, hipertensão arterial17, infecções4 intrauterinas e outros problemas de saúde18 materna;
- e, por fim, durante as fases iniciais do desenvolvimento embrionário, podem ocorrer erros no processo de formação dos hemisférios cerebrais, resultando em malformações1.
Muitas vezes as malformações1 cerebrais resultam de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, e cada caso é único em sua apresentação e causa subjacente.
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Qual é o substrato fisiopatológico das malformações1 dos hemisférios cerebrais?
A fisiopatologia19 das malformações1 dos hemisférios cerebrais pode estar ligada:
- a uma migração neuronal anormal;
- à ação de substâncias teratogênicas a que a gestante tenha sido exposta durante o desenvolvimento fetal, como álcool, drogas, toxinas14 ambientais ou infecções4;
- à perturbação nos processos de divisão celular durante o desenvolvimento embrionário;
- e à anomalias vasculares15 durante o desenvolvimento fetal que possam afetar e mesmo interromper o suprimento sanguíneo para o cérebro5.
Quais são as características clínicas das malformações1 dos hemisférios cerebrais?
As malformações1 dos hemisférios cerebrais podem apresentar uma grande variedade de características clínicas, dependendo da natureza específica da malformação7 e de sua gravidade. No entanto, algumas das características clínicas são comuns a todas ou a muitas delas e incluem:
- deficiências neurológicas, que podem incluir atraso no desenvolvimento motor, atraso no desenvolvimento cognitivo20, déficits de aprendizagem, distúrbios do movimento, paralisia21 cerebral e epilepsia9;
- anomalias no crescimento do crânio22, resultando em microcefalia23 (cabeça24 pequena) ou macrocefalia (cabeça24 grande);
- certas malformações1 podem causar deformidades visíveis na forma do crânio22, como, por exemplo, craniossinostose (fechamento prematuro das suturas cranianas25);
- dependendo da localização e extensão da malformação7, os pacientes podem apresentar déficits sensoriais, como perda da visão26, perda da audição ou outros distúrbios sensoriais;
- as malformações1 cerebrais podem levar também a distúrbios do movimento, como paralisia21 espástica, ataxia27 (falta de coordenação dos movimentos musculares) ou movimentos involuntários anormais;
- a epilepsia9 é uma complicação comum das malformações1 cerebrais, com pacientes apresentando crises convulsivas recorrentes;
- e alguns pacientes podem apresentar alterações no comportamento, na personalidade e na cognição28, como dificuldades de processamento de informações, problemas de memória, dificuldades de aprendizado e distúrbios emocionais.
Como o médico diagnostica as malformações1 dos hemisférios cerebrais?
O diagnóstico29 preciso das malformações1 dos hemisférios cerebrais é crucial para orientar o plano de tratamento e gerenciar os sintomas6 associados. O médico deve começar por um detalhado exame clínico e neurológico, seguido por exames de imagem, como ressonância magnética30, tomografia computadorizada31, ultrassonografia32 transfontanelar e eletroencefalograma33.
Em alguns casos, especialmente quando há suspeita de uma condição genética subjacente, o médico pode encaminhar o paciente para testes genéticos que identifiquem as mutações ou anomalias cromossômicas associadas às malformações1 cerebrais.
Como o médico trata as malformações1 dos hemisférios cerebrais?
O tratamento das malformações1 dos hemisférios cerebrais depende do tipo específico de malformação7, da gravidade dos sintomas6 e das necessidades individuais de cada paciente. Em alguns casos, especialmente se a malformação7 for leve e não causar sintomas6 significativos, o médico pode optar por monitorar a condição ao longo do tempo. Em outros casos em que a malformação7 causa sintomas6 como convulsões, dor ou outros problemas neurológicos, o médico pode prescrever medicamentos para controlar os sintomas6.
Em certos casos, especialmente quando a malformação7 está causando sintomas6 graves e não responde ao tratamento medicamentoso, a cirurgia pode ser recomendada, seja para remover a malformação7, descomprimir áreas do cérebro5 afetadas ou para interromper o padrão de atividade cerebral anormal que está causando sintomas6.
Em alguns casos, cabe uma terapia de reabilitação, como fisioterapia34, terapia ocupacional35, fonoaudiologia ou terapia cognitiva36, para ajudar a melhorar a função neurológica e a qualidade de vida do paciente.
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Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da U.S. National Library of Medicine.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.