Como é a dor pélvica crônica? Quais são as suas causas? O que deve ser feito?
O que é dor pélvica1 crônica?
Chama-se dor pélvica1 crônica a uma sensação dolorosa persistente (duração maior de três meses), no andar inferior do abdômen. Não se trata de uma doença, mas de uma síndrome2 que se pode verificar em diferentes enfermidades. Ela ocorre em homens e em mulheres, podendo ter causas e repercussões diferentes em ambos os sexos.
Quais são as causas da dor pélvica1 crônica?
Quase sempre essa dor parte de alterações nos órgãos contidos na pelve3: útero4, ovários5, trompas de Falópio, cérvix (colo do útero6), vagina7, trato urinário8, intestino ou reto9. Quando a paciente com dor pélvica1 crônica é uma mulher, o especialista procurado em primeiro lugar costuma ser o ginecologista, embora nem toda dor pélvica1 crônica seja de etiologia10 ginecológica.
Didaticamente, essas dores podem ser divididas em ginecológicas, quando procedem dos órgãos reprodutivos femininos, e não ginecológicas, quando se originam dos diversos outros órgãos pélvicos11. Entre as primeiras contam-se a endometriose12 e as inflamações13 pélvicas14 crônicas de órgãos ginecológicos e entre as últimas as principais são a constipação15 intestinal crônica, a síndrome2 do cólon16 irritável, a diverticulite17, a cistite18 crônica, a prostatite19, os distúrbios musculoesqueléticos, etc. Como a dor pélvica1 crônica pode provir de um grande número de condições, às vezes, é difícil determinar a sua causa específica.
Quais são os sinais20 e sintomas21 que acompanham a dor pélvica1 crônica?
Em virtude da grande frequência das causas ginecológicas, as dores pélvicas14 crônicas são mais comuns nas mulheres que nos homens. Essas dores podem se localizar mais de um lado que do outro, na dependência do órgão atingido. Elas são bastante comuns na gravidez22 e até podem ser tidas como normais nessa circunstância, mas a mulher deve dizer isso ao médico, para que seja feita uma avaliação correta. Além do sintoma23 doloroso, as dores pélvicas14 crônicas associam-se aos demais sintomas21 próprios das enfermidades causais.
Como o médico diagnostica as causas da dor pélvica1 crônica?
As principais armas no diagnóstico24 etiológico25 da dor pélvica1 crônica são uma detalhada história clínica e um exame físico bem feito. Além da queixa de dores crônicas, há os sintomas21 da enfermidade que está gerando essas dores, os quais orientarão sobre as causas da dor pélvica1 crônica. Uma das indicações diagnósticas valiosas é se as dores são ou não associadas ao ciclo menstrual. Testes laboratoriais são indicados, dependendo dos resultados do exame físico e incluem hemograma, exame de urina26, testes para infecções27 sexualmente transmitidas (DSTs) e teste de gravidez22. Outros exames específicos devem ser solicitados, de acordo com a suspeita diagnóstica. A ultrassonografia28, a tomografia computadorizada29 ou a ressonância magnética30 ajudam na detecção de massas pélvicas14 se elas existirem, mas são de pouca utilidade em quadros como cólon16 irritável ou bexiga31 neurogênica, por exemplo. A laparoscopia32 e a biópsia33 realizada durante esse procedimento podem complementar o diagnóstico24.
Como o médico trata a dor pélvica1 crônica?
O tratamento da dor pélvica1 crônica depende da enfermidade causal e deve ser dirigido a ela. Grande parte das dores pélvicas14 crônicas é tratada clinicamente. Somente alguns casos podem requerer cirurgia. Os tratamentos medicamentosos podem ser feitos, conforme o caso, com anti-inflamatórios, anticoncepcionais, antibióticos e hormônios.
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.